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O que voce precisa saber.


Quando falamos de tumor de testículo estamos nos referindo aos tumores de células germinativas (produtoras de espermatozoides), que são os mais comuns e de maior importância clínica.
Apesar de não ser muito frequente (cerca de 5% de todos os casos de câncer em homens) o câncer de testículo acomete principalmente indivíduos em idade reprodutiva entre 20 e 40 anos. Podendo ser causa de infertilidade e comprometimento da capacidade laborativa.

Mas afinal o que é o câncer de testículo?

É uma neoplasia maligna (proliferação aberrante) das células germinativas dos testículos.
O principal sinal de câncer de testículo é o aumento do volume testicular. Pode ser observado nodulação ou irregularidade no testículo além de inchaço, dor e aumento da sensibilidade local. Qualquer alteração no testículo deve ser avaliada por um médico urologista para excluir a possibilidade de neoplasia.
No entanto, alterações testiculares podem também estar relacionadas com patologias benignas com hidroceles, epididimites, cistos de epidídimo, orquites e até varicoceles.
Mais raramente o tumor de testículo pode se manifestar por dor abdominal, alterações pulmonares, dor lombar e cefaleia decorrentes da disseminação para outros órgãos do corpo.

O que pode aumentar o risco de tumor de testículo?

Homens com histórico de criptorquidia (testículo fora da bolsa escrotal após o nascimento) tem um risco 50x maior de ter câncer de testículo. Sendo recomendado a cirurgia, ainda na infância, de preferência até os 2 anos de idade, para reposicionar o testículo no escroto e reduzir os riscos de transformação neoplásica.
A infertilidade masculina é também um fator de risco e o câncer de testículo, assim como o uso crônico de esteroides anabolizantes.
Quem tem um parente de primeiro grau (pai ou irmão) com câncer de testículo tem maior chance de desenvolver a doença. Nestes o autoexame dos testículos e a avaliação com urologista são recomendados rotineiramente.

Qual o tratamento para câncer de testículo?

O tratamento é feito através da cirurgia de orquiectomia inguinal. Um procedimento de rápido realizado com uma incisão logo acima do pênis na região inguinal do lado acometido, por onde é retirado o testículo e parte do cordão espermático. O paciente geralmente tem alta no dia seguinte ao procedimento e recomenda-se um período de repouso de 15 dias.
Em casos onde se observa sinais de disseminação da doença para os gânglios intra-abdominais pode ser necessários a retirada dos mesmos através de cirurgia aberta, laparoscópica ou robótica.
Em casos de tumores mais agressivos ou já disseminados, pode ser necessário a realização de quimioterapia e radioterapia.

O câncer de testículo impede de ter filhos?

A incidência de infertilidade é maior em homens com câncer de testículo. Podendo se manifestar com azoospermia (ausência de espermatozoides) em 25% dos casos e oligozoospermia (diminuição no número de espermatozoides) em até 50% dos homens com tumor de testículo.
No entanto, a maioria dos homens consegue ter filhos com apenas 1 testículo sadio.
A radioterapia e quimioterapia podem ter um efeito deletério na capacidade de ter filhos por comprometer a espermatogênese (formação de espermatozoides).
É aconselhável para homens que desejam a paternidade que considerem a coleta e armazenamento de espermátides em banco de esperma antes do tratamento com cirurgia, radio e quimioterapia.
Outro ponto importante é que os quimioterápicos têm efeitos teratogênicos e a gravidez deve ser evitada até 6 meses após o término do tratamento.

O câncer de testículo é muito grave?

A sobrevida em 5 anos do câncer de testículo é maior que 90%. Isso significa que quando tratado mais de 95% dos homens estarão vivos após 5 anos do diagnóstico. No entanto, quando não realizado o tratamento adequado o tumor pode se disseminar para os linfonodos (gânglios) do abdome, tórax, pulmão, fígado e cérebro. Comprometendo o funcionamento destes órgãos e levando a um desfecho fatal.